Hoje é o dia Internacional do Autismo (02/04, ONU). Se o mundo não é um pouco pior, pelo menos um “tiquinho” devemos aos autistas. Eles não aceitam a hipocrisia, são extremamente sinceros, não aceitam a falta de verdade, não maquinam a vingança, são sinceros nos sentimentos, nem entendem o que é o orgulho (embora muitas vezes são mal entendidos). Porém, podem se transtornar quando não são compreendidos. Há três níveis de diagnóstico (DSM-5): Grave (muito dependente, sempre necessitam de ajuda em quase tudo), Moderado (são mediamente dependentes, têm mais autocondução, estudam etc.) e o Leve (têm plena autocondução, embora tenha alguns comprometimentos de socialização, entre outros, são singulares na percepção do mundo, pensam por imagens, artes… astrofísica, imagens biológicas, etc.; têm necessidade de descobertas e conhecimento… pesquisas; a razão de ser de todas as coisas, causa e efeito).
Mas todos têm traços compartilhativos, como a necessidade de rotinas e dificuldades de socialização. O termo correto é: Transtorno do Espectro Autista -TEA (com os devidos níveis). Também há o Autismo Asperger que estaria na classificação Leve. Todo autismo é um transtorno do neurodesenvolvimto (implicações hereditárias, genéticas e gestacionais). Autismo não é uma doença.
Também há o Autista Leve Savant, no espectro Asperger (superdotação/genialidade, por ex. Leonard Da Vinci, Albert Einstein, entre outros tantos). Os autistas não são neurotipos. Leem o mundo de maneira diferenciada, singular. É uma condição cerebral, com rebatimentos no psíquico.
A psiquiatra e escritora Ana Beatriz Barbosa Silva nos diz:
“Se pensarmos nos dias atuais, em que muitas religiões e políticos vivem a enganar e ludibriar fiéis inocentes, talvez um pouco dessas características do Autismo possa contribuir para uma vida em sociedade mais ética e humana”.
Texto: Isaac Tavares