No dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata, comemorado nesta quarta-feira, dia 17 de novembro, a <span;>Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil (Ampol) enaltece uma campanha fundamental para a vida e o futuro do sexo masculino: o Novembro Azul. Este dia reforça a importância dos cuidados, da prevenção e da conscientização por uma vida longínqua e de qualidade para os homens.
A campanha do Novembro Azul nasceu na Austrália, em 2003, por iniciativa de dois amigos, Travis Garone e Luke Slattery, inspirados na ação da mãe de outro amigo, que arrecadava fundos para o combate ao câncer de mama. Eles resolveram deixar o bigode crescer, símbolo masculino que estava fora de moda na época, e escolheram o mês por já ser comemorado o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata em 17 de novembro.
Nesse mesmo ano, 30 amigos participaram e, em 2004, surgiu a Movember Foundation – nome derivado da palavra moustache (bigode) e november (novembro) -, organização sem fins lucrativos para arrecadar fundos para a luta contra esse tipo de câncer, que é o segundo mais comum entre os homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
No Brasil, a campanha chegou em 2008, trazida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em conjunto com a Sociedade Brasileira de Urologia. “Um Toque, Um Drible” foi o primeiro tema, na tentativa de quebrar o tabu quanto ao exame do toque retal, que é simples e dura apenas 10 segundos. A partir daí, o mês é marcado, também, pela iluminação de diversos espaços, prédios e monumentos com a cor azul.
Estatística
O câncer de próstata perde o primeiro lugar entre os mais comuns apenas para o câncer de pele não-melanoma. Porém, considerando os dois sexos, é o segundo mais comum, de acordo com o Inca. É considerado um câncer da terceira idade, com maior incidência (75%) nos homens a partir dos 65 anos de idade. Em 2020, fora mais de 65,8 mil casos (29,2% dos tumores incidentes do sexo masculino), sendo cerca de 16 mil casos fatais. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a cada três mortes de adultos no Brasil, duas são de homens.
Os fatores de risco podem ser a idade, a genética, hábitos alimentares, estilo de vida, excesso de gordura corporal e exposição a componentes químicos prejudiciais, como: “aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas”, informa o Instituto.
Em geral, a doença é silenciosa, inclusive durante a sua evolução. Muitos homens não apresentam sintomas. Na fase inicial ou benigna, pode apresentar muita necessidade de urinar e com dificuldade. Já no período avançado do câncer, os homens podem sentir dores ósseas ou apresentar sintomas urinários, infecção generalizada ou insuficiência renal.
A Ampol orienta todos os colegas do sexo masculino, familiares, esposos, filhos a fazerem os exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos necessários para detecção precoce. A consulta ao médico vai definir o tratamento mais adequado para cada paciente e definir os riscos e benefícios.