Ampol alerta sobre futuro em evento na PRF

Com a preocupação de aumentar o número de mulheres policiais certas de seus direitos e participativas na política, dentro e fora de suas categorias, a Ampol participou, hoje (8/3), do evento Dia Internacional da Mulher 2022 – Resgate dos direitos das policiais, contra a Reforma da Previdência de 2019, realizado na sede da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília (DF).

Na abertura, a presidente da associação, Creusa Camelier falou sobre a paz e lembrou aqueles colegas que perderam suas vidas no exercício da profissão, em um minuto de silêncio e com uma salva de palmas.

Também abriram o evento a agente da PRF, Dos Anjos, e o presidente do SinPRF-DF, João Rodrigues Bonfim Neto, que destacou a importância de mais mulheres no meio político, tendo como primeiro passo essa participação em eventos para debater sobre os próprios direitos.

Para a palestra do dia, a Ampol elencou alguns pontos importantes da história de luta da associação e destacou as principais conquistas. A presidente Camelier ressaltou os ganhos ancorados no dispositivo constitucional da atividade de risco, ainda no passado, e as consequências da perda dessa, que é considerada a identidade dos policiais, “a fotografia da profissão”, como afirmou, a partir da Reforma da Previdência (EC 103/2019).

“O ministro Guedes nos colocou como atividade comum. O próprio presidente da República notou depois a injustiça, mas já estava consumado. É muito importante resgatarmos nossos direitos. Para isso, a Ampol vai propor agora a ADI e demais ações para recuperar todos os direitos suprimidos com essa reforma com efeito dominó, que nos deixou sem segurança jurídica e à deriva de futuro incerto . Nós, mulheres da segurança pública, estamos unidas e temos que ser fortes”, salientou.

Para complementar o tema do dia, a advogada da Ampol, Thaís Riedel, explicou as novas normas para aposentadoria, com a Reforma da Previdência. “A previdência serve para termos leis para nos proteger quando não conseguimos mais trabalhar. Ser previdente é pensar nas situações de risco, vocês, ainda mais, devido à atividade. A legislação deveria identificar os riscos e o legislador analisar o que é de interesse proteger. O avanço civilizatório do Estado está em proteger”, explicou.

A advogada lamentou a equiparação a partir da EC 103/2019. “Com isso, todos foram igualados. Para que existe a previdência? Para defender os riscos. Mulheres ganham até 25% a menos. Toda aquela luta que a Ampol fez pela adequação do risco é como se não existisse mais. Por isso, precisamos de conscientização para saber o que queremos”, alertou.

Thaís Riedel expôs sobre as ações coletivas da associação para reaver os direitos retirados, como a entrada da ADI no Supremo Tribunal Federal, a PEC da Segurança Pública e outras atividades também importantes, como as avaliações individuais e o apoio que a Ampol vai conceder às mulheres policiais no seu planejamento previdenciário.

Associe-se!

Para seguir com a luta, a Ampol ressaltou a necessidade de aumentar o número de regionais e associadas, tendo em vista esse requisito para entrar com a ADI no Supremo. “A Ampol está disposta a propor em favor do resgate dos nossos direitos. Vamos lutar e vamos conseguir com esse objetivo de união e perseverança. Associem-se! Unidas, seguiremos rumo à vitória. Nós, mulheres policiais brasileiras, simples, fortes, disciplinadas e aguerridas, nascemos para vencer. A Ampol é valorização da vida e da atividade dos policiais brasileiros”, concluiu a presidente Creusa Camelier.

Veja as imagens do evento abaixo:

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