A Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil (Ampol) e a União dos Policiais do Brasil (UPB), juntas, convidam todas as associadas, todos os policiais e a sociedade a participarem da carreata, em Brasília, nesta quarta-feira, 17 de março, contra a aprovação da PEC da Reforma administrativa (PEC 32/2020), por conter dispositivos que colocam em risco a segurança da sociedade brasileira, enfraquecendo e reduzindo a qualidade dos serviços e das operações policiais no combate à corrupção e a todas as modalidades de crimes.
Nesta segunda-feira, 15 de março, foi promulgada a EC 109 (PEC Emergencial), que afronta os direitos primários dos policiais e dos demais servidores públicos. Com a promulgação da EC 109, perde também toda a população, já que os atos de abandono do governo federal impedem novas contratações nas categorias por meio de concursos, reduz investimentos na segurança pública e mantem os salários dos policiais defasados com a proibição de qualquer reajuste pelo Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público, caso a soma dessas despesas obrigatórias e das despesas totais alcancem 95%.
A EC 109 destroi o segmento que garante a segurança dos brasileiros, a motivação pelo trabalho e o enfrentamento diário nas ruas. São abandonos como esses que somatizam os dados estatísticos graves de atentado contra a própria vida nas categorias policiais.
“Fazemos esse apelo para que as associadas se unam à carreata de manifestação, na quarta-feira, convocada União dos Policiais do Brasil, em ato pacífico, em apoio à insatisfação dos policiais civis, contra o tratamento que vem sendo dado à categoria. Estaremos lá, às 14h. É muito importante darmos o nosso apoio a todas as categorias da segurança pública”, convoca a presidente da Ampol, Creusa Camelier.
Dia 22 de março
A UPB também convoca os servidores da segurança pública civil para a mobilização do dia 22 de março, das 15 horas às 16 horas, em frente às unidades da Polícia Civil em cada cidade, em cada estado brasileiro.
Os PRFs conclamam aos “que se sentem traídos e abandonados, depois de tantas promessas vazias de tratamento justo e de valorização, atenham-se a estrita legalidade no cumprimento de suas obrigações. Jamais deixar de realizar o trabalho, mas fazê-lo com segurança, com atenção total à legalidade e sem necessidade de promoção em rede social. O momento é de reflexão, de união e de luta”.
A luta continua
Uma nota pública da UBP, construída em conjunto com as 25 entidades formadoras da entidade, já denunciava os perigos da aprovação da PEC Emergencial no Congresso Nacional e o descaso do governo com quem está na linha de frente contra a covid-19.
“A emergência que o país vive é a da necessidade por vacinas e o auxílio aos mais necessitados e não a demonização do serviço público, por meio do congelamento de direitos e da estrutura, que poderá chegar a 15 anos, afetando diretamente a população mais carente desses serviços, indo na contramão de um atendimento de qualidade e eficiência à sociedade”, ressaltou a nota.
Também, entre os dias 8 e 10 de março, as 25 entidades, representadas pela UPB, incluindo a Ampol, denunciaram os perigos da aprovação da PEC 186/2019 em painéis de led no Aeroporto de Brasília.