PROPOSTAS DAS EQUIPES ECONÔMICAS DOS PRESIDENCIÁVEIS

RESUMO DAS PROPOSTAS DAS EQUIPES ECONÔMICAS DOS PRESIDENCIÁVEIS EM RELAÇÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA:

 

JAIR BOLSONARO (PSL):

As reformas (previdenciária e trabalhista) serão necessárias. Há necessidade de se introduzir um novo modelo de capitalização para que o trabalhador faça a sua poupança individual. A introdução desse novo modelo será gradual. Tem como prioridade ainda o combate aos privilégios previdenciários.

 

FERNANDO HADDAD (PT):

Rejeita a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer. É contra a idade mínima. Pretende combater privilégios previdenciários. Introduzirá um processo de convergência entre os regimes próprios da União, dos estados, do DF e dos municípios com o regime geral da Previdência Social.

 

CIRO GOMES (PDT):

Defende a combinação de 3 Regimes:

  1. – Os mais pobres serão financiados pelo Tesouro;
  2. –  As faixas intermediárias de renda terão regime de repartição, com mudanças na idade mínima e unificação de regras entre setores público e privado; e
  3. –  A partir de determinada faixa, valerá capitalização, com contas individuais.

 

MARINA SILVA (REDE):

Defende a implantação de idade mínima para aposentadoria, com prazo que não prejudique quem está prestes a se aposentar. Eliminação dos privilégios de beneficiários do setor público que ingressaram antes de 2003. Terá um processo de transição para sistema misto.

 

GERALDO ALCKMIN (PSDB):

Propõe eliminar o déficit público em 2 anos e criar um sistema único de aposentadoria, igualando direitos e abolindo privilégios. Propaga que a  reforma que pretende realizar não será igual à apresentada pelo governo Michel Temer, mas que irá propor elevação de idade mínima para pedir a aposentadoria.

Henrique Meirelles (MDB)

Diz que a Reforma da Previdência é inevitável, sob pena de inviabilizar o funcionamento do estado. Ele defendeu a proposta do governo Michel Temer, argumentando que seriam afetados os que ganham mais e se aposentam mais cedo.

João Amoêdo (Novo)

É a favor de reformar a Previdência e considera o atual sistema inviável. Para ele, não basta ajustar os benefícios e privilégios concedidos aos servidores públicos e militares.

 

EXPLICANDO:

REPARTIÇÃO:

Regime de Repartição é o atual modelo de Previdência utilizado no Brasil, em que os jovens financiam os mais velhos, havendo uma espécie de solidariedade entre as gerações.

O Regime de Repartição funciona como uma conta conjunta em que o trabalhador contribui de acordo com o salário e o empregador, segundo a folha de pagamento.

O Governo entra para cobrir eventuais insuficiências.

 

CAPITALIZAÇÃO:

No regime de capitalização, no modelo individual: Cada trabalhador faz a sua própria poupança para a aposentadoria, no que é conhecido como regime puro de capitalização.

No modelo híbrido do regime de capitalização: Será mantida também a contribuição das empresas.

 

O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS:

A mudança de regime previdenciário é um tema muito polêmico. Os  críticos especializados afirmam que num momento de penúria orçamentária não haveria recursos para financiar a fase de transição dos regimes.

Estudo do Itaú Unibanco mostra que uma mudança para um regime de contas individuais a partir de 2019, e que inclua só jovens de até 20 anos (que teriam contas individuais ao entrar no mercado) custaria aos cofres públicos R$ 10 bilhões ao ano. Em valores atuais, os gastos somariam cerca de R$ 350 bilhões até 2035 – ano em que as primeiras pessoas que começaram a contribuir para a poupança das contas individuais, no regime de capitalização, se aposentariam.

Segundo fontes do noticiário, Pedro Schneider, economista do Itaú, afirma que há o gasto porque o estado para de receber a contribuição de jovens, mas ainda tem de pagar benefícios de quem não tem a conta, como os aposentados e a grande maioria dos que estão prestes a se aposentar.

Na pesquisa realizada, tendo como fontes a mídia eletrônica e impressa na simulação do especialista Fábio Klein, da Tendências Consultoria, se os que ganham acima de R$ 4 mil fossem para a conta individual, o custo anual seria de R$ 15 bilhões.

A maioria dos especialistas em finanças públicas e direito previdenciário diz que a Previdência vai precisar ser discutida para garantir regime sustentável às próximas gerações.

 

Fontes: revista Veja,

Correio Braziliense

Folha de São Paulo

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