Desde 04 de janeiro o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CMBDF) é liderado, pela primeira vez, por uma mulher. Após 30 anos de serviços prestados para a corporação, a cel. Mônica de Mesquita Miranda assumiu o cargo de comandante-geral do CBMDF, disposta a lançar um novo olhar sobre a carreira, voltado para o bem-estar dos colegas e o crescimento da participação feminina.

Quando era estudante de psicologia, Mônica estagiou no CBMDF antes mesmo da existência de um quadro feminino dentro da corporação. Em 1992, já formada, ela prestou concurso e ingressou no Corpo de Bombeiros aos 23 anos, depois de cursar uma turma mista. Logo tornou-se chefe da sessão de psicologia da Academia de Bombeiros Militar.

Ao longo de sua trajetória no CBMDF a cel. Mônica passou pelo 1º Batalhão, pela Academia, fez curso em perícia e atuou como comandante da Diretoria de Investigação de Incêndio, Diretoria de Ensino da corporação e Diretoria de Inativos e Pensionistas (Dinap). Em 2017, ao assumir o comando do Centro de Assistência do CBMDF, teve que que lidar com o primeiro caso de suicídio na corporação já na primeira semana de trabalho no novo cargo. “Foi um momento muito impactante. Na época, questionei aos meus antecessores se havia algum protocolo para lidar com a situação e, ao saber que não havia nenhum até então, tive que recorrer aos meus aprendizados da faculdade e cuidar da gestão”, esclarece Mônica que idealizou o I Fórum dos Comandantes Operacionais, para debater sobre a saúde mental dos militares.

Oficial do quadro de combatentes, desde 2020 Mônica atuava como ouvidora na Casa Militar do Governo do Distrito Federal (GDF). Segundo ela, o maior desafio como como Comandante-geral da corporação é o incentivo para que novas mulheres possam ocupar cargos de chefia, além do aprimoramento da qualidade de vida dos colegas. “Equipamento você troca, viatura você troca, mas o ser humano não”, sentencia.

“Eu desejo que outras mulheres assim como eu, não tenham medo, pois qualquer cargo também cabe a elas. Que os homens não as olhem como rivais, mas sim com parceria (…) Se eu cheguei, todas têm condições igualmente”

(Mônica de Mesquita Miranda, Comandante-geral do CBMDF)

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