No mês da policial civil do DF, todas ganham com exemplo de dedicação

Cada data comemorativa das categorias policiais é importante para a Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil (Ampol). Em setembro, as policiais civis do Distrito Federal têm o seu motivo para comemorar, o dia 6, data instituída pela lei Distrital nº 4.333/2009. Em lembrança à data, que se estende a um mês de conscientização e valorização dessas profissionais, a associação traz a uma novidade: a partir deste mês, histórias de vida e entrega serão contadas no site da Ampol, com exemplos de policiais que fazem ou fizeram a diferença em suas carreiras.

E nossa primeira história será em homenagem ao mês das policiais civis do DF, da agente de polícia Yáskara Almeida Cordeiro. São mais de duas décadas de uma vida à disposição da segurança pública, da PCDF e como membro da diretoria da Ampol. A associação ainda homenageou a policial com flores em nome de todas as demais mulheres da PCDF.

Em 1996, com incentivo de uma amiga de faculdade, Yáskara resolveu fazer o concurso da Polícia Civil. Formada em magistério no ensino médio e pós-graduada como professora, adorava dar aulas, mas foi nas ruas e com a adrenalina da polícia correndo nas veias que ela se habituou. “Eu me apaixonei por essa profissão empoderada”, revela.

Atualmente, a agente é lotada na Corregedoria-Geral da Polícia Civil do DF, mas, no currículo profissional e da vida, possui experiências em áreas como circunscricionais, especializadas, institutos, entre outras. Para ela, um aprendizado a cada dia, memórias de muitos departamentos e amizades pelo caminho.

Entre os marcos da vida de Yáskara estão as lutas por representatividade das categorias tanto na própria Ampol quanto no Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol/DF), onde atuou na pasta da Diretoria de Cultura, Esporte e Eventos. “O Sinpol foi uma grande escola, com altos e baixos. Havia identificação com o trabalho. Enquanto estive lá, foi satisfatório poder trabalhar pela valorização dos policiais em diversas frentes, bem como fazendo a alegria da categoria com as confraternizações e entregas de comendas por reconhecimento aos colegas que dedicaram vidas inteiras em prol dos demais”, relembra.

Com a Ampol, Yáskara tem feito frente às principais lutas pelas mulheres e homens policiais. Ativamente, batalhou pela conquista dos 25 anos de contribuição para as mulheres policiais (PLP 275/2014, que deu origem à LC 144/2014 e alterou a redação da LC 51/85), entre outras demandas.  Para ela, um orgulho acompanhar o crescimento da associação desde o início. “A Ampol, hoje, funciona a todo vapor, sempre correndo atrás de causas importantíssimas para os policiais em geral. A presidente, Dra. Creusa Camelier, é nossa grande mentora, uma guerreira incansável, a quem devemos respeito por sua imensa dedicação. Todo meu apreço e gratidão”, declara Yáskara.

Para a agente e muitas mulheres na polícia, a representatividade é o caminho. Enquanto houver entidades que estejam na luta para que os direitos e as conquistas policiais não sejam apagadas, avanços serão possíveis. A policial reconhece a ocupação dos espaços na polícia, até pouco tempo exclusivamente masculinos. “Inclusive, convoco mais colegas a se envolverem com esse trabalho da Ampol e mais mulheres a se tornarem policiais. Hoje somos respeitadas por mostrarmos nossa força, garra e determinação, sem esquecer o lado mãe, esposa, donas dos próprios lares, filhas e mais”, garante.

A Ampol agradece à agente da PCDF Yáskara pelo esforço empenhado pela sua categoria e por todas as mulheres policiais do Brasil. O desejo da associação é que mais datas representativas para as mulheres e suas corporações possam continuar a ser lembradas com orgulho, conscientização e respeito.

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