MEMBROS DA UPB LEVAM PAUTA DA SEGURANÇA PÚBLICA AO REPRESENTE DA OIT NO BRASIL

MEMBROS DA UPB LEVAM PAUTA DA SEGURANÇA PÚBLICA AO REPRESENTE DA OIT NO BRASIL

 21/06/2018

Membros da União dos Policiais do Brasil (UPB) se reuniram, na manhã de quinta-feira (21), com o representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Martin Hahn, para tratar da importância da inclusão da segurança pública nas pautas da OIT, que é a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual representantes de governos, de organizações de empregadores e de trabalhadores de 183 Estados-membros participam em situação de igualdade das diversas instâncias da Organização.

A pauta é de extrema relevância, principalmente após a participação do presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Deolindo Carniel, na conferência anual da OIT, em Genebra, mais precisamente nas reuniões na Comissão Para a Violência e Assédio no Mundo do Trabalho.

A UPB apresentou à OIT um ofício com dados extraoficiais das mortes de segurança pública, com base nas pesquisas da FGV e das entidades sindicais, além de uma sugestão para a criação um grupo de trabalho sobre essa temática na OIT. Ainda ressaltou que não há dados oficias por parte do Governo brasileiro, o que mostra que não há uma atenção concreta do Estado sobre o tema.

Os membros da UPB deixaram a reunião animados com o posicionamento dado pela OIT sobre o tema. “Após as reuniões em Genebra, procuramos a OIT para iniciarmos mais profundamente a discussão. Lá (na Suíça) a questão policial foi bem aceita. A questão da morte é um extremo, pois as doenças, como stress, que podem ocasionar em suicídio, também precisam ser observadas. E a impressão que tivemos aqui no Brasil é que há possibilidade de avanço”, destacou Deolindo Carniel.

“Esse é um pedido de socorro e de proteção à OIT, para que se olhe com atenção as atividades de risco da segurança pública. Além das mortes em decorrência da atividade, o suicídio tem crescido entre os agentes de segurança. E não há um acompanhamento de saúde por parte do Governo para observar esses dados”, disse  Creusa Camelier, que representou a Associação das Mulheres Policiais do Brasil (AMPOL).

Também participaram da reunião na OIT: Maria do Socorro (Sindicato dos Delegados de Polícia), Marcus Firme (Federação Nacional dos Policiais Federais), André Morisson (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), Viviane da Rosa (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) e Marcele Alcântara, que respresentou tanto o Sindicato dos Policiais Civis do DF como a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (COBRAPOL).

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