Atentado contra delegado da PF no Guarujá gera protestos na categoria

Após o Policial Federal Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, ser baleado na cabeça durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na comunidade da Vila Zilda, no Guarujá-SP, o Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo (SINPF/SP) cobra intervenção na Baixada Santista e pede que seja elaborada uma ação conjunta entre municípios, estado e União para conter a violência na região.

Alvejado na última terça (15/08), o delegado da PF, Thiago Selling, havia pleiteado recentemente a valorização da categoria. Em abril, ele chegou a participar de audiências com deputados de diversos espectros políticos tais como Sâmia Bonfim (PSol) e Luiz Carlos Motta (PL), para tratar de pautas de interesse da corporação no Congresso Nacional.

Apesar da gravidade do ferimento, Thiago foi submetido a uma cirurgia no Hospital Santo Amaro do Guarujá se encontra estável. Até o momento dois suspeitos pelo ato foram presos portando uma submetralhadora e uma pistola.

Na visão da Presidente da AMPOL, Creusa Camelier, “os fatos do nosso cotidiano estão a comprovar que a atividade policial é de risco. Risco ímpar inerente ao exército da atividade policial. Só mesmo sendo inimigo da sociedade brasileira para retirar a atividade de risco da Constituição (EC 47/2005, de iniciativa da AMPOL), que garantia os direitos salariais diferenciados também os da aposentadoria especial para os policiais com integralidade e paridade, como aconteceu na Reforma previdenciária de 2019, promovida pelo ex-ministro Paulo Guedes. Recentemente o STF, no julgamento virtual do RE 1162672 – Tema 1019, está firmando a jurisprudência sobre integralidade e paridade baseada no exercício da atividade de risco.”

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