Na última semana, a Ampol pode contar com o apoio de alguns senadores e deputados federais na luta pela derrubada do veto 17 (PLP 39/2020). No dia 19 de agosto, o veto foi rejeitado no Senado Federal, entretanto, em votação na Câmara, ele foi mantido e, assim, o governo congelou os reajustes dos profissionais da segurança pública e outras categorias fundamentais para o país até 2021.
Segundo o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, a medida ajudará o país a economizar durante a pandemia do coronavírus. Entretanto, apesar de conscientes da importância de salvar Estados e municípios e o Distrito Federal, a Ampol reforça que a qualidade profissional e de vida, o respeito e manutenção dos direitos dos profissionais na linha de frente garantem ainda mais segurança para toda a comunidade brasileira.
Pelo reconhecimento dos parlamentares e a valorização do trabalho das categorias pertencentes à segurança pública no Brasil, àqueles que votaram contra o veto presidencial a Ampol expressa sua gratidão e conta com a manutenção do apoio para lutas que ainda serão travadas mais à frente.
Leia abaixo, na íntegra, a mensagem encaminhada aos apoiadores das mulheres e homens policiais brasileiros:
MENSAGEM DE AGRADECIMENTO AOS PARLAMENTARES
Nós, mulheres policiais brasileiras, pertencentes aos quadros dos órgãos: Polícia Federal, Rodoviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, filiadas à ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS MULHERES POLICIAIS DO BRASIL – AMPOL, vimos agradecer, sensibilizadas com o varonil gesto de grandeza e de honrada brasilidade e aguçada consciência cívica com que os honoráveis SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS distinguiram os profissionais da segurança, unindo esforços para fazer valer a dignidade profissional dos que expõem as suas vidas em meio aos perigos do coronavírus, a fim de excluir do congelamento as categorias ligadas ao combate à pandemia, como a dos policiais civis e militares, igualando-os emergencialmente aos trabalhadores da saúde e da assistência social, na derrubada do Veto 17 – (PLP 39/2020) no dia 19 de agosto de 2020, no Senado Federal.
Negar aos policiais civis e aos policiais militares um tratamento isonômico entre as categorias que neste momento de crise enfrentam situações adversas em tempos de calamidade pública, tem o condão maligno de enfraquecer o espírito viril de enfrentamento em situações de controle pelo bem comum, pela incolumidade das pessoas e do patrimônio, pela manutenção da paz e da ordem, principalmente neste período crucial com as ameaças de contaminação a toda a população pelo coronavírus, sem o devido controle sanitário.
Entendemos a importância da economia para os estados, municípios e para o Distrito Federal. Sabemos o quanto o país pode sair prejudicado no pós-pandemia. Entretanto, esses servidores são essenciais para manter o que é prioridade: a vida de cada brasileiro. Por isso, não fugimos à luta e, em meio aos perigos do coronavírus, nós, os policiais brasileiros, estamos em ação para que a sociedade fique em segurança.
A valorização dos policiais e de todos os demais é fundamental neste momento de crise. Não podemos admitir que as nossas categorias sofram ainda mais retiradas e saiam dessa batalha sem qualidade de vida, trabalho e saúde!
Moralmente, conforta-nos que a imprescindível maturidade política dos nobres Deputados está a iluminar a bandeira do mérito e do valor dos policiais brasileiros, porque, além da negação de reajustes, apagar do calendário de vida desses heróis anônimos a aquisição meritória do quinquênio, da sexta parte e da licença prêmio neste período de maior esforço físico, mental e psicológico desses profissionais, sem nenhuma justificativa razoável, é desmerecer a honra, como sociedade, de tê-los lutando por um Brasil mais digno!
CREUSA CAMELIER
Presidente da AMPOL