Ampol adere Rede de Solidariedade pelos policiais isolados do Brasil

O número de contaminados pelo coronavírus tem praticamente dobrado a cada 24 horas no Brasil. Em atenção a esses casos e à crescente possibilidade de contaminação em meio às forças policiais, que já contabiliza alguns casos, a Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil (Ampol) se une à “Rede de Solidariedade – um por todos, todos por um” da Polícia Federal com as demais forças policiais e entidades representativas, em solidariedade a todos os colegas que estão em casa sob a medida de isolamento. A ideia é que policiais em atividade externa possam colaborar com os demais que estão em casa se recuperando do Covid-19, os que se enquadram no grupo de risco ou que não podem sair de casa para tentar conter a pandemia no Brasil.

O contato direto deve ser evitado, entretanto, é muito importante que as pessoas acima de 60 anos, os diabéticos ou com doenças respiratórias, grávidas e outras situações consideradas agravantes pela Organização Mundial da Saúde (OMS) possam contar com esse apoio para atividades rotineiras, como fazer compras ou ir a uma farmácia.

A campanha nasceu da sensibilidade dos agentes de segurança pública e as representações para estender o papel social neste momento em que somente juntos serão todos mais fortes. O diretor de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, Delano Cerqueira Bunn ofereceu ajuda na busca por uma resolução segura. “Nobres dirigentes, estamos monitorando alguns colegas em quarentena e oferecendo apoio. Caso os senhores queiram se engajar nessa tarefa solidária, coloco-me à disposição”, ressaltou.

Menos aglomeração, menos contaminação

Policial realiza atendimento sem EPI. Forças de segurança pública aguardam a chegada de mais instrumentos de segurança e saúde

A medida também é essencial para manter as ruas cada vez mais seguras e sem aglomerações, o que reduz a possibilidade de contaminação inclusive dos agentes de segurança pública que, bem como os da Saúde, devem permanecer oferecendo serviços essenciais à sociedade brasileira.

Enquanto isso, os policiais aguardam a chegada nas unidades de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), máscaras descartáveis cirúrgicas, luvas, óculos protetor, álcool em gel e aventais que cubram desde o pescoço até os joelhos, braços e punhos.  Esses instrumentos vão trazer ainda mais segurança aos profissionais na hora de realizar o atendimento ao cidadão.

“Às associadas que queiram apoiar a iniciativa, disponibilizamos os canais de comunicação da Ampol para enviar mais informações. No entanto, reiteramos também a necessidade dos cuidados diários, como uso de máscaras para pessoas com sintomas, álcool em gel e o mais importante, água e sabão na higienização das mãos constantemente”, salienta a presidente da Ampol e da Centrapol, Creusa Camelier.

Atenção

Vale ressaltar que, neste momento, não é recomendada uma campanha para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos agentes da segurança pública. Há muitas informações sobre o esgotamento desses equipamentos nas fábricas no Brasil e é necessário evitar a competição em termos de proteção com a área da saúde. Por essa intenção, a Ampol resolveu optar pela Rede de Solidariedade da PF, sem prejuízos das demais ações humanitárias realizadas para reduzir o sofrimento da sociedade brasileira nesse momento difícil e de grandes incertezas para todos.

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